O fim de um caso?…

Junho 30, 2009

  ‘Snapshot’, na ‘Foreign Affairs’ online, de Sumit Ganguly, que tivemos o prazer de escutar no curso há umas semanas atrás. É o fim de um namoro – segundo esta peça, a administração Obama “terá receio” de que uma demasiada aproximação à Índia possa prejudicar o seu outro namoro, com Beijing  (sim, o problema é também os americanos serem uns polígamos insuportáveis…), ou ter impacto negativo no relacionamento com Islamabad. A recusa indiana em assinar o tratado de não-proliferação não tem tão pouco ajudado.

    http://www.foreignaffairs.com/articles/65141/sumit-ganguly-and-s-paul-kapur/the-end-of-the-affair

* S.Ganguly refere uma intervenção que a Secretária de Estado Clinton iria fazer em breve sobre a Índia. Já o fez, a 17 Junho:

http://www.state.gov/secretary/rm/2009a/06/125033.htm

Agora é estarmos atentos à viagem que ela fará a Delhi em Julho. O marido pelo menos tem de ir lá para trocar o turbante por um número maior…

 10 rupees, sahab..

  há um novo sabziiwaale no bairro…

 “And what a cute elephant Sant gave me… Is it a joke on the Republicans?..”

(trata-se de Sant Singh Chatwal, presidente do Hillary Clinton for President Exploratory Committee – http://en.wikipedia.org/wiki/Sant_Singh_Chatwal

Embora não tenha tido sucesso total neste comité, trata-se de uma figura no meio democrático americano; mais uma para as  estatísticas de NRIs…)


e já que estamos a falar de carros…

Junho 30, 2009

..porque é que o elefante indiano que transportou o Presidente Soares em Janeiro de ’92 foi patrocinado pela FIAT???


mais informação perfeitamente inútil

Junho 29, 2009

 

Vemos aqui dois colaboradores da DuPont americana a ultimarem os dados que serviram para o relatório que apresentam todos os anos sobre as preferências globais de cores de automóvel! Na revista aparecem as estatísticas para o mundo todo e, claro, para a Índia…

Branco e prateado estão, por isso, ‘in’ nas ruas de Mumbai, tal como na maioria das grandes metrópoles.

http://vocuspr.vocus.com/VocusPR30/Newsroom/Query.aspx?SiteName=DupontNew&Entity=PRAsset&SF_PRAsset_PRAssetID_EQ=111443&XSL=PressRelease&Cache=False  O relatório foi mencionado na revista da FT deste fim de semana.

Chart on the most popular car colours in Europe, North America and India


what’s hot?

Junho 26, 2009

“Indian defence scientists are planning to put one of the world’s hottest chilli powders into hand grenades. They say the devices will be used to control rioters and in counter-insurgency operations.

Researchers say the idea is to replace explosives in small hand grenades with a certain variety of red chilli to immobilise people without killing them.The chilli, known as Bhut Jolokia, is said to be 1,000 times hotter than commonly used kitchen chilli.

Scientists at India’s Defence Research and Development Organisation (DRDO) are quoted as saying the potent chilli will be used as a food additive for troops operating in cold conditions. And the powder will also be spread on the fences around army barracks in the hope the strong smell will keep out animals. Other forms of pepper spray are commonly used for crowd control in many parts of the world.”

  “Researchers at New Mexico State University recently discovered the world’s hottest chile pepper.

Bhut Jolokia, a variety of chile pepper originating in Assam, India, has earned Guiness World Records’ recognition as the world’s hottest chile pepper by blasting past the previous champion Red Savina. Ver imagem em tamanho grande

 In replicated tests of Scoville heat units (SHUs), Bhut Jolokia reached one million SHUs, almost double the SHUs of Red Savina, which measured a mere 577,000.”

 


Haverá sempre uma versão indiana seja de o que for…

Junho 26, 2009

The Michael

Jackson of India 

 

Prabhu Deva, who is known as the Michael Jackson of India, described Michael Jackson as the most influential personal his life.
“He is truly the icon as he was a singer, dancer and composer par excellence. He was my biggest inspiration and actually I idolized him. I’m still in a daze and it will take time for me to come to reality’

        Eles não estarão a confundir o Michael Jackson com o George Michael??!?? É que o Prabhu é mais parecido é com este…

http://videos.oneindia.in/watch/3904/michael-jackson-india-prabhu-deva.html


Luz

Junho 26, 2009

“The Energy and Resources Institute (TERI) North America has joined hands with TERI India to brighten the lives of the power impoverished across the world through Lighting a Billion Lives campaign.

According to the statistics available at the campaign website, over 1.6 billion people in the world lack access to electricity and roughly 25% are in India alone. A commitment to this effect was made at the Clinton Global Initiative Annual Meeting, held in New York during 26–28 September 2007. The campaign is inspired by TERI’s commitment to global sustainable development and creation of innovative solutions for a better tomorrow. Through the campaign, TERI plans to take solar lighting devices around the world to rural communities that lack quality lighting systems and have to depend on traditional resources like dung cakes, firewood, crop residue and kerosene for their various energy needs. “

http://labl.teriin.org/http://www.maple3.com/2008/07/15/light-a-billion-lives-campaign-in-india/


Água

Junho 26, 2009

Tecnologia holandesa: ” ‘Shiv Jal Dhara’, the second water pyramid in India, was inaugurated on the occasion of Mahashivratri on Monday by former maharaja of Jodhpur Gaj Singh in Roopji Raja ki Beri, a village 125 km from Jodhpur in Barmer district. ( http://www.maharajajodhpur.com/ )

The NGO, Jal Bhagirathi Foundation (JBF) –  http://www.jalbhagirathi.org/  – claimed it to be the country’s first and world’s second pyramid. It said one such structure is functional in Gambia and another is about to start in Gujarat.
Project director of JBF, Kanupriya, said it is a uniquely designed inflated foil structure with 30 meter diameter and 9 meter height, which utilizes solar energy to evaporate brackish ground water and condenses it into a distilled drinking water.
This distilled water is collected in channels inside the pyramid and directed to a ground tank from where it is pumped into the distribution tank, with a capacity of 10000 litres.”

Já agora, e continuando no Rajastão, algo sobre a comunidade dos bishnois, Ver imagem em tamanho grandeprotectores das árvores khejri,

 

 

e que sacrificaram as suas vidas num massacre em 1730  

perpretado pelo maharajá local: http://en.wikipedia.org/wiki/Bishnois 


walking rainbows…

Junho 26, 2009

  

           

  


2039 – se lá chegar terei 80…

Junho 25, 2009

O Banco Asiático de Desenvolvimento patriocinou um estudo que acaba de ser publicado, “India 2039 – an affluent society in one generation“. Foram mais rápidos do que o grupo de reflexão da UE, que Felipe Gonzalez e outros sábios preparam sobre o futuro da União. Isto quando ninguém sabe sequer prever o dia de amanhã. Veja-se o caso presente do Irão, em que a ameaça era sempre exterior, Israel ou EUA, e acaba por ser uma enorme dissensão interna a pôr tudo em dúvida. Ou a própria crise financeira, que que eu saiba ninguém soubre prever, mas hoje são postas de pescada diárias sobre quando vai certamente acabar. Isto já para não falar dos eventos todos que se desenrolaram na Europa há precisamente 20 anos atrás, e que nem um exéricto de kremlinologistas em dezenas e dezenas de think tanks soube sequer com timidez avançar uma hipótese de implosão. Mas adiante..

O relatório do BAD, de 60 páginas – http://www.scribd.com/doc/16761658/India-2039-An-affluent-society-in-one-generation – avisa sobre o perigo das oligarquias, que podem impedir os países em desenvolvimento de se realizarem plenamente.

 

Bangalore em 2020!…

A Índia terá, ou teria em finais do ano passado, cerca de meia centena de bilionários (aqui uso o conceito anglo-saxónico de 1 bilião serem mil milhões – é mais rápido e simples, concordemos…). Juntos eles controlavam uma riqueza equivalente a 20% do PIB  e 80% da capitalização em bolsa (o PIB indiano ronda os 1,2 triliões (pela mesma ordem de razão de há pouco, um trilião são aqui mil biliões, ou um milhão de milhões…). Foi há dois anos atrás que os indianos, aliás com grande fanfarra, ultrapassaram a barreira psicológica do trilião, juntando-se a um grupo de hoje 12/14 países, dependendo da fonte.

 

Mumbai em 2020!…

No Google, no próprio artigo do FT que me chamou a atenção para o estudo do BAD, é sempre este que aparece como exemplo…Ver imagem em tamanho real

 

Ele, e a casa dele.. Ver imagem em tamanho real

 

As minhas contasa dão – dos 20% do PIB indiano – cerca de 5 biliões a cada um daqueles 50…  “This concentration of wealth and influence could be a hidden time bomb under India’s social fabric.”, diz o estudo, que sugere, entre outras coisas,  o estabelecimento de uma espécie de autoridade da concorrência, assim como medidas mais duras de regulação financeira. 

Este também precisava de ler estudos como o do BAD…

Sunday Telegraph 26th October 2008 

De qualquer maneira, e fechando a história, uma citação de há 5 anos atrás, do então Ministro indiano da Indústria e Comércio: 

“We no longer discuss the future of India. We say the future is India”


Há gostos para tudo

Junho 25, 2009

Walter-Crocker-Nehru---A-Contemporary‘s-EstimateBiografia de Nehru escrita em 1965 por Walter Crocker, que fôra Alto Comissário australiano em Delhi.

Uma passagem: Less publicised was the strong impression that his enlightenment was often offset by blind hates. Among Nehru’s ‘prejudices’ Crocker records were ‘‘maharajas, Portugal, moneylenders, certain American ways, Hinduism, the whites in Africa…’’

 


e as chuvas chegam quando?…

Junho 25, 2009

     

Os efeitos da presente vaga de calor: http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/8118276.stm

Tem sido um drama regular: http://news.bbc.co.uk/2/hi/south_asia/2933252.stm

 

 E prevê-se que as temperaturas se mantenham elevadas nos próximos dias…

Este estudo debruça-se sobre os factores que têm provocado secas anuais no subcontinente: http://www.empowerpoor.com/downloads/drought1.pdf


India, enlightened…

Junho 25, 2009

Longo, mas interessantíssimo, artigo no site do Natural Resources Defense Council – http://www.onearth.org/article/india-enlightened?page=all – sobre as dificuldades de um crescimento sustentável na Índia.

 Gandhi ao volante do seu Nano…


Já agora, o Tintim na Índia…

Junho 24, 2009

Inspirado pelo blog paralelo de Alcipe, fui recordar as passagens do repórter pela Índia.

Primeiro foram Os Charutos do Faraó,  , onde nas primeiras páginas se estreia o nosso fantástico Oliveira da Figueira.

A última terça parte da aventura é passada na Índia, uma Índia colonial, habitada por encantadores de serpentes, faquires e vacas sagradas.

Há na história o principado de Gaipajama, que se for hindí quererá mais ou menos dizer ‘pijama da vaca’…

Não me perguntem como, mas o Maharajá de Gaipajama está no Facebook!: http://www.facebook.com/people/Maharajah-Gaipajama/1136378578

Página 113 de Shampoo Planet, de Douglas Coupland (Simon & Schuster)

“A pinkish light. Two lawn chairs. Faint Strauss in the background.
Romana: You know, I like a pop culture reference. And fashionable readers. Did you see her shoes?
Noveline: (sniffing) Coupland isn’t the only author to namecheck that pointy-haired journalist. Remember The Golden Gate by Vikram Seth?
Romana: (delighted) The sonnet novel!
Noveline: Several stanzas all about Tintin.
Romana: I heard that in the original books, Tintin’s dog was named after Hergé’s first girlfriend. Milou from a nickname for Marie-Louise.
Noveline: How horrible.
Romana: I think it’s sweet.”    

                                                

Tintim volta ao subcontinente na sua aventura no Tibete. Em Delhi ele e o Capitão Haddock visitam o Forte Vermelho e o Qutab Minar, e fazem um pequeno passeio, impedido por vacas, nas vielas de Velha Delhi.

Mas nem isto está livre de críticas, e há quem se dê ao trabalho de ver se esta visita turística é toponímicamente racional. E parece que não é…: “The first sightseeing place in Delhi which our freinds visit is Qutub Minar which is in south Central Delhi , then they visit the Red Fort which is in North Eastern Delhi from where they go to Ghiasuddin Tughlaq’s Tomb which is to the extreme South East of Delhi after which they seem to have missed out Rajghat that is again to the North East of Delhi , the latter place very near to Red Fort. And Delhi being a huge City , the distances between the succesive places visited could be anywhere between 15 to 20 kms.

So we see that Hergé has sent our friends on a zigzag course of Delhi all within a space of less than 3 hours.This shows that Herge has never visited Delhi (and that’s a fact) , he has created a collage of places with pictures from a travel book.”

7 diferenças entre duas edições da mesma história:

 Por fim, só Goa para fazer isto ao Tintim:

PS – e mais trivia: “On 1 June 2006, the Dalai Lama bestowed the International Campaign for Tibet’s Light of Truth award upon the character of Tintin, along with South African Archbishop Desmond Tutu. The award was in recognition of Hergé’s book Tintin in Tibet. In 2001 the Hergé Foundation demanded the recall of the Chinese translation of the work, which had been released with the title Tintin in China’s Tibet. The work was subsequently published with the correct translation of the title.”


Vida e morte da democracia…

Junho 24, 2009

   Recensão, por Sunil Khilnani (‘The Idea of India’), do livro THE LIFE AND DEATH OF DEMOCRACY, de John Keane, onde introduz o termo “monitory democracy“, com que descreve uma nova era da democracia iniciada por volta de 1945.

Ver imagem em tamanho grande

http://www.ft.com/cms/s/2/c711720c-5c53-11de-aea3-00144feabdc0.html

“By the first half of the 20th century, European democracy in nationalist regalia had dug its own graveyard, as the continent imploded in fratricidal wars. By further paradox, many of representative democracy’s real advances originated in hinterlands: in Uruguay and Mexico, which pioneered universal suffrage and invented electoral courts; in Australia and New Zealand, which devised the secret ballot and experimented with proportional representation; above all, in India, which defied democratic theories that prescribed literacy, a middle class and cultural uniformity as essential for democracy’s success.”

 e,

(Não, peço desculpa, agora são assim: US drone

Esta notícia apareceu à mesma hora que este post: “More than 50 people died in missile strikes by a US drone aircraft in a Taliban stronghold area of Pakistan, officials there have said. The people killed in South Waziristan had been attending the funeral of a militant commander who had been killed in an earlier strike.” Enfim…

E já agora, ainda o Keane:India’s democracy has flourished in what Keane terms the third era of his subject’s long career. Monitory democracy, born out of dissatisfaction with electoral democracy within national boundaries, seeks to supplement representative democracy with other ways of scrutinising power. It is interested in how ballots are counted, and how the bills and receipts of the elected add up. In a world where deference and trust are in short supply, monitory democracy relies on non-elected watchdogs, on public interest initiatives, on snooping journalists and 24-hour communications networks.”

http://www.johnkeane.net/

 


My Cherie

Junho 23, 2009

[The+Indians+-+Flyer.jpg]

Deve ser pouco vulgar um livro ser posto à venda na Índia por 8500 rupias, mais ou menos 150 euros, ainda por cima com um prefácio da Cherie Blair… 

Trata-se de um ‘coffee table book’Simplicity com 300 fotografias, de  um jovem chamado Sonhal Nichali, que pretendem capturar a diversidade indiana.

O seu autor (a ler o livro acima) é um advogado de Delhi, que adianta: “This is not a book that can claim to explain, interpret or offer any new insights on India. Its intention is something else altogether – to celebrate the diversity, the richness and the vibrancy of India.”

O preço é elevado pois o dinheiro das vendas irá para uma inicativa do Loomba Trust, que protege viúvas vítimas de abusos, não só na Índia. Daí aparecer a senhora do prefácio, pois o Loomba Trust foi lançado por ela e pelo marido , quando ele era PM, em Março de ’98. Ela aliás é a presidente do Trust.Visit to India

 

Voltemos ao livro, cujo autor diz existirem inúmeras Índias: “Geographical: the peninsula that lolls out like an elephant`s trunk on the world map. Statistical: population of a billion and counting. Cliched: land of snake charmers, sadhus and rope tricks. Modern: high rises, the hub of international technology and the back office of the world. Spiritual: a religious supermarket with temples and mosques donning her streets. Historical: with forts, palaces and maharajas in abundance.“Add to that the stuff of poverty, corruption, political scandals, Bollywood and Oscars. And then there is India in the skin. The images that the word `India` conjures up are diverse and often contradictory, suggesting that one must be the real India, and it is only a matter of time before you start wondering which one,”

The Indians: Interesting Aspects, Extraordinary Facets, Sumant Batra, Treepie, Rs. 8,500.


“India; it jumbled things up.”

Junho 23, 2009

 

Foi há 20 anos a fatwa lançada pelo Ayatollah Khomeini contra Salman Rushdie, quando do lançamento dos Versos Satânicos, do qual é tirado o título deste post.

  “The book isn’t actually about Islam, but about migration, metamorphosis, divided selves, love, death, London and Bombay.”, escreveu SR ao então PM Rajiv Gandhi, quando o governo indiano proibiu o livro.

Rush+DIE, gritavam alguns cartazes na época. A coisa deu pró torto em Bombaím, onde confrontos com a polícia resultaram em mais de uma dezena de mortos. Aliás, por causa da fatwa, morreram mais pessoas na Índia do que em qualquer outro país, enquanto que SR sobreviveu a mais de uma década na clandestinidade, tendo escrito 6 livros durante esse período.

Tudo isto a propósito deste artigo que li na Time esta semana: http://www.time.com/time/specials/packages/article/0,2880Ver imagem em tamanho grande4,1902809_1902810_1905180,00.html

 

Coincidiu tudo isto com um período da história indiana em que os radicais hindús ganhavam terreno – em ’89 o Shiv Sena elegeu o seu primeiro deputado, e o BJP elegia 85. A violência em Bombaím está descrita num relatório de Abril de ’89 do Committee for the Protection of Democratic Rights. O livro hoje, embora ainda oficialmente proibido, poderá ser adquirido sem problemas na Índia.

Também há esta entrevista de SR ao escritor anglo-indiano Rana Dasgupta, no Telegraph de Calcutá, em 2008:  http://www.ranadasgupta.com/printer_friendly.asp?pagetype=T&id=43    ”

Por fim, um artigo bem interessante de R.Dasgupta sobre o ‘ocaso’ das grandes cidades ocidentais: http://www.newstatesman.com/200603270031


A Índia atrasou-se para a foto…

Junho 23, 2009

Há uma semana atrás, na cimeira dos BRIC em Yekaterinburg, mesmo juntinho aos Urais, mas do lado oriental, o que faz com que seja Ásia…

O acrónimo foi pela primeira vez sugerido pela Goldmann Sachs no princípio do século: http://www2.goldmansachs.com/ideas/brics/book/99-dreaming.pdf

Valem o que valem, estes 4 gigantes, mas de qualquer forma representam mais de 40% da população mundial, e falantes das suas respectivas línguas são mais de dois mil milhões (presumindo que o PM Singh, para além de  punjabi, também fala hindí..).

Particularidade interessante – um daqueles é capaz de ler este post, mesmo que com algum sotaque…

O Economist traz no último número um artigo sobre a cimeira: http://www.economist.com/world/international/displaystory.cfm?story_id=13871969


Santas chuvas

Junho 22, 2009

The annual rains, which begin in June, are critical. Nearly 60% of India’s arable land isn’t irrigated, and is therefore dependent on rainfall. Besides crops, the rains are crucial for water and power supplies.

In the first two weeks of June, the rains were 45% below normal. Authorities in Mumbai have already cut the supply of water to households by some 20%.


How sweet of you

Junho 22, 2009

Pepsi plans ultra-cheap softdrink to fight anaemia

Pepsi, which was founded and marketed by a pharmacist as a digestive syrup, is revisiting its roots with an ultra-cheap softdrink that will aid fight against anaemia in women in rural India.


Vicente Ferrer

Junho 22, 2009

No El País de hoje uma grande peça sobre Vicente Ferrer, um espanhol que dedicou 55 anos da sua vida à Índia. Chegou lá em 1952 como missionário e a sua fundação hoje gere cinco hospitais e centenas de escolas.

http://www.elpais.com/articulo/sociedad/hombre/quien/lloran/parias/elpepisoc/20090620elpepisoc_3/Tes

Há um santo católico dos sécs 14-15 com o mesmo nome…

http://pt.euronews.net/2009/06/19/vicente-ferrer-uma-vida-ao-servico-da-causa-humanitaria-na-india/

Adenda no dia seguinte: Estive ontem a ler a história de VF, que não conhecia bem, e há pormenores espantosos, como o facto de ele em ’68 ter sido mais ou menos expulso da Companhia de Jesus (depois não querem bocas...) ter regressado à Europa, e depois convidado mais ou menos oficiosamente por Indira Gandhi para regressar à Índia e prosseguir o seu trabalho. O que fez, instalando-se em Anantapur.


Mais ensaios

Junho 22, 2009

Isto vai atrasado, mas estive uns dias sem acesso.  Umas leituras da semana passada:

Do Herald Tribune, uma penúltima ‘Carta da Índia’ de Anand Giridharadas, correspondente do jornal, e que segundo nos diz vai regressar aos Estados Unidos. O seu próximo artigo será o último escrito da Índia. Segundo vejo, estará agora a viver no interior de Goa, em Verla, a terminar um livro.

O artigo online tem o título “Once-Clear Thoughts Are Clouded”. O da edição impressa, e foi o que me chamou a atenção, chama-se “Questions I never got to answer”…    http://www.nytimes.com/2009/06/19/world/asia/19iht-letter.html?scp=1&sq=anand%20giridharadas&st=cse

   “Can one be “global” without being a mimic? Does the English language obliterate or liberate, disguising the caste and class of those who master it? Why is more culture flowing into India today than flowing out?

How can callousness to poverty mingle so closely with the warmth that Indians rain on family? Which will change India first, the trickle-down of compassion or the trickle-up of rage?

Why, when the world sees India as a great power, does India see itself as Burundi? Beyond its own affluence, what kind of world does India want? What will it do to build it?

And what can the world’s Irans learn from Indian democracy?

Is a land with such beauty and possibility, with these vast questions still to answer in my lifetime, a land whose addiction can ever be escaped?”

Os variados comentários a este artigo são de passar também os olhos: http://community.nytimes.com/comments/www.nytimes.com/2009/06/19/world/asia/19iht-letter.html

E o blog dele  é de visitar : http://anand-g.blogspot.com/ .

   Em seguida, um artigo do Aravind Adiga no Daily Beast, um blog da Tina Brown que vale a pena seguir. É sobre o seu próximo livro, ‘Between the Assassinations’ (já referido atrás num post com peças da Newsweek…), sobre a Índia nos 7 anos entre o assassinato de Indira Gandhi e o do seu filho Rajiv:  http://www.thedailybeast.com/blogs-and-stories/2009-06-10/half-blinded-by-india/

 E por fim, um ensaio que não tem a ver directamente com a Índia mas muito interessante, para quem se interesse sobre a íntima relação entre geografia e história política, que aliás tem sido bastante referida neste blog. Chama-se “A Vingança da Geografia’” e é do Robert D. Kaplan (não confundir com o neo-con Robert Kagan..), que não deixa de ser muito pouco ortodoxo, de modo que se pode dar sempre um devido desconto. Mas é casado com uma açoriana…

http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=4862

Já provocou muitos comentários, compilados numa secção chamada ‘A vingança dos geógrafos’, que mereceram nova resposta de Kaplan… : http://www.foreignpolicy.com/story/cms.php?story_id=4979


Mais alguma bibliografia…

Junho 20, 2009

Ainda em relação às relações Luso-Indianas e ao post anterior do Constantino, existe um livro publicado pela própria Fundação Oriente conjuntamente com a Editora Livros Horizonte intitulado – Encontro sobre Portugal e a Índia. O livro é constituído por uma série de artigos de diferentes autores que exploram a Índia, a relação Luso-Indiana, a literatura feminina também Luso-Indiana, o ensino da cultura clássica indiana em Portugal, as relações culturais, etc.

Continuando na literatura portuguesa, existe também o livro – Himalayan Express: mantra, memórias e viagem na Índia da Almedina. É um excelente livro de fotografia com textos de Paulo Varela Gomes.

Para além dos anteriores existem as Revistas Oceanos, que são uma preciosidade (na minha opinião). A revista número 10 (Abril/1992) aborda Portugal e o Mar; o número 19/20 (Setembro/Dezembro 1994) tem como título Indo-portuguesmente, tem inúmeros artigos sobre Goa, Baçaim, Chaúl, arquitectura civil indo-portuguesa, pintura, arte religiosa, entre outros temas. O número 34 (Abril/Junho de 1998) é sobre Culturas do Índico. Os temas abordados neste número são: a presença portuguesa no Oceano Índico, expansão portuguesa, cristianismo e intocabilidade no Sul da Índia, hinduísmo e cristianismo em Goa, entre outros.

Para quem quiser adquirir estas revistas pode dirigir-se à Biblioteca Nacional ou contactar a Direcção Geral do Livros e das Bibliotecas. As revistas têm actualmente um custo muito baixo e são ainda possíveis de adquirir.

No seguimento da apresentação do Dr. Sérgio Mascarenhas, existe também um livro sobre as teorias da história ocidentalista vs orientalista de um autor indiano, Dipesh Chakrabarty, cujo título é – Provincializing Europe: Postcolonial Thought and Historical Difference. O autor refere, a título de exemplo, que conceitos como cidadania, Estado, sociedade civil, esfera pública, justiça social, igualdade de género, entre tantos outros, são conceitos do pensamento europeu, logo tentar impor estes “valores” na Ásia, da forma como foram concebidos é impossível e errado.


artigos não faltam…

Junho 19, 2009

A última edição da Newsweek – agora até com novo visual – tem três peças relativas à Índia. Logo no início um artigo de Arvind Subramanian, professor na Johns Hopkins, sobre a reacção indiana à crise financeira: http://www.newsweek.com/id/200867

No fim, uma crítica ao novo livro de Aravind Adiga, ‘Between Assassinations’, por acaso até escrito em simultâneo com o ‘White Tiger’: http://www.newsweek.com/id/200757

E finalmente a peça mais substancial, sobre os desafios que o PM Singh tem pela frente. O artigo chama-se apenas “Singh”:   http://www.newsweek.com/id/200866

E já agora a wiki, sobre a etimologia daquele nome: http://en.wikipedia.org/wiki/Singh . As confusões com este nome levaram até as autoridades canadianas a avisarem em tempos que “the names Kaur and Singh do not qualify for the purpose of immigration to Canada”. Mais tarde retrocederam nesta posição…


Victoria

Junho 18, 2009

Não a imperatriz da Índia, mas a Beckham….

Ao visitar um blog paralelo, ‘Miúda do Deserto’, a quem peço desde já desculpa pelo copianço da foto, vejo que a tatuagem no antebraço esquerdo do David Beckham é o nome da mulher em devanaagari…

Photobucket


O Despertar da Índia

Junho 16, 2009

convite oddi

Lançamento do livro de um dos nossos oradores, o Prof. Eugénio Viassa Monteiro, da Associação Amizade Portugal-Índia.


Threats & Challenges

Junho 16, 2009

Para a aula de Sábado sobre os grandes desafios estratégicos e de segurança que a Índia enfrenta, umas sugestões de leitura para além das referências bibliográficas:

Left wing extremism greatest threat to India: Prime Minister

Emerging Foreign Policy and Security Challenges for India (Vice-Presidente H. Ansari)

Security Threats Facing India: External and Internal (A. K. Verma)

A ficha de recursos on-line distribuída em Fevereiro contém também várias ligações úteis para as questões de segurança e política externa. Recomendo, em particular, o Institute for Defence Studies and Analysis e o Institute for Peace and Conflict Studies, ambos em Nova Deli.

511 anos

Junho 16, 2009

Umas sugestões de leitura, como “aquecimento” para a nossa aula de Sábado sobre as relações Índia-Portugal e a nova Goa com que Lisboa procura re-encontrar-se:

Discurso do Embaixador Luís Filipe Castro Mendes, Semana Portuguesa em Goa

Site oficial da visita do Presidente da República à Índia, 2007

PM M. Singh sobre as relações Índia-Portugal, 2007

Goa pode ser uma mais-valia para Portugal na Índia (Sérgio Mascarenhas)

Goa and Portugal: Towards an Alliance of The Small (Constantino Xavier)

Sobre Goa pós-colonial, em geral:

How the Goan lost his Art (Vivek Menezes)

Small state, big stakes (Ramachandra Guha)

Goa Dialogues (Goa International Centre)

Deconstructing the tourism image of Goa (Maria Aurora Couto)


Caril explosivo

Junho 13, 2009

An Air India passenger jet heading to Frankfurt was forced to return to Mumbai after a bag of curry powder set off smoke and fire alarms, it was reported on Saturday.


Educação e competição, “nós e eles”

Junho 13, 2009

Obama, numa escola norte-americana, sobre a crescente competição que o sistema de educação indiano enfrenta por parte dos jovens chineses e indianos. Este é um debate complexo – começa muitas vezes com uma simplificação exagerada (os miúdos ocidentais são uns preguiçosos vs. os incansáveis e dedicados estudantes orientais). O ponto central, no entanto, é o de que começa a haver mais competição/procura para menos oportunidades/oferta. E que o acesso ao mercado de trabalho está crescentemente flexível, globalizado e desterritorializado – deixa de imperar a lógica “este trabalho, neste lugar, é meu – aquele trabalho, ali, é teu”.

“So even with the good schools, we have got to pick up the pace, because the world has gotten competitive. The Chinese, the Indians, they are coming at us and they’re coming at us hard, and they’re hungry, and they’re really buckling down,” Obama said.

Ever since he started his presidential campaign more than two years ago, Obama has been urging people in the US to gear up to match the increasing talent of the Chinese and Indian students. “Their kids watch a lot less TV than our kids do, play a lot fewer video games, they are in the classroom a lot longer,” Obama said amidst applause.


Blogging India

Junho 12, 2009

Um estudo recente resume os blogues mais populares da Índia. São vozes da nova geração que convém acompanhar, para além da comunicação social mainstream.

Recomendo, em particular, o The Indian National Interest, um grupo de jovens pensadores liberais indianos, especialmente em questões económicas e de política externa. Editam a revista Pragati, cujo último número oferece excelentes perspectivas sobre o sempre muito disputado campo de batalha que é a Historiografia indiana.